Dito noutro blog (por mim)
"Antes a insustentável leveza do ser mulher que o fardo pesado de ser homem. Antes parir filhos que ser mero espectador. Antes sentir a vida que assistir na bancada. E tudo, tudo aquilo que os homens não sentem, mas que se soubessem sentiriam inveja com certeza."
E penso que há coisas que os homens jamais sentirão, lágrimas que nunca deixarão cair quando de dentro se sente um mexer ligeiro, que vai aumentando ao longo dos dias, um mexer que primeiro pensamos ser cólicas, e que depois, passamos para uma certeza absoluta, uma certeza de uma vida dentro de nós. Claro que os homens como espectadores, também têm lágrimas, também se angustiam, mas não sentem o que vem de dentro e nos toca na pele. Não sentem a alegria, a histeria, o descontrol de emoções, quando se sente o nascer de um filho. Não sentem, e aí está. Nós mulheres sentimos isso tudo e mais algumas coisas invísiveis a outros olhares. Não estou com isto a minimizar os homens nem a minimizar a sua importância, mas isto é só porque eles não sentem uma vida dentro deles, e é tão bom. É uma sensação de potência (e com isto encho o peito, e descubro que não consigo encontrar a palavra exacta para a dimensão do acto)! E com isto tudo, vou ali ter outro filho e já volto!
