29/03/11

Podia ter atingido o Nirvana, mas não!

No Domingo à noite, atingi o ponto de rebuçado. Saí da cadeira do meu cabeleireiro privado, com o cabelo pejado de pratas, e de chinelo na mão, açoitei os dois. Uma chinelada em cada um. Ela, na fuga rápida para a cama, bateu com o joelho. Só depois, depois de sair e me ter apercebido do que tinha acabado de fazer, é que voltei para trás para lhe ver o joelho. E depois, depois voltei para o cabeleireiro, já passava das 22:00. Sim, tenho um cabeleireiro que mora comigo, e que me penteia de dois em dois meses. Depois, ainda ouvi o que não queria, pois não trato do meu cabelo, e agora tenho de fazer um tratamento, pois que tenho o cabelo numa desgraça, e... Cansei-me, e deitei-me ao fim de duas horas, com uma dor de mãe, que só as mães sabem o quanto dói. Com um remorso tal, que doía. Bati-lhes e isso não me fez melhor mãe. Bati-lhe, coisa que há muito não fazia. Mas depois penso que, após sucessivas juras de castigo, após sucessivos avisos, a coisa continuava na mesma, não me sobravam grandes alternativas, pois não?

2 comentários:

Tessa disse...

Sim, sim...a dor de lhes bater é infernal. E não chega existirem variáveis que nos possam desculpar ou explicar. Vai tudo dar ao mesmo: somos más, muito más. hahahaha

Resvalamos sempre para a psicologia à portuguesa: foi assim que fomos ensinadas e é preciso um esforço constante para nos mantermos fiéis ao nosso propósito de fazer diferente das nossas mães.

Não é fácil.

Mia disse...

Não é fácil não. Se bem que acho que de vez em quando uma sacudidela de pó não faz mal a ninguém, mas quanto mais crescem parece que se torna menos próprio, e depois é mais dificil chegar-lhe com a palmada na nádega. Eles fogem :), mesmo quando lhes seguramos no braço. Bem que quadro que acabei de pintar, mas estar aqui com coisas quando todos sabemos que as coisas são mesmo assim, e que se levante quem nunca deu uma palmada correctiva.