Pouco tempo estive com ele.
Das memórias que trago dele, poucas são boas, não porque ele fosse má pessoa, mas sim porque quando estive mais tempo com ele, ele vinha doente. Tinha uns 7 anos quando nos entrou em casa, vindo do outro lado mundo. E lembro-me dos ataques de tosse, da panelinha com água a fervilhar no quarto para humidificar, lembro-me do bacio que a minha mãe despejava de manhã. Lembro-me que quando regressei um dia da escola, quem me esperava era a tia Cris, lembro-me que ela não se conseguiu entender com o aspirador lá de casa. Sei que apartir desse dia o quarto dele ficou para sempre vazio, mas não me recordo de como a minha mãe me disse que ele já tinha partido.
E sim, tal como disse também tenho memórias boas, poucas mas muito boas.
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