04/02/11
Estamos assim
em modo automático, Levanta de manhã, sempre à mesma hora, repete os gestos, os passos e a vida. Todos os dias têm sido iguais. E nunca penso nisso, no amanhacer. Não penso que a seguir o gesto vai ser o mesmo de ontem, e que a hora é a mesma. O gesto coincide sempre com a hora. E hoje, hoje, com o sol que está lá fora, apetece-me uma solidão ao sol. Apetece-me o mar, e o cheiro do mesmo. Apetece-me ir e saber que não tenho horas para voltar. Apetece-me saber que não tenho ninguém à minha espera, nem bocas para alimentar. Hoje é um mau dia. Hoje, é daqueles dias em que eu não mereço o que tenho. Hoje apetece-me a solidão, o silêncio de uma casa vazia e um sofá só para mim. Hoje não é um bom dia.
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